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A Família
A Família

COMO LIDAR COM AS FAMÍLIAS DO SÉCULO 21

 


 O Propósito de Deus para a Família "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Salmo 127:1).


Deus nos criou e designou a família como a mais fundamental das relações humanas.

Em nosso mundo de hoje em dia, vemos famílias atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o abuso.

O divórcio tornou-se uma palavra comum, significando miséria e dureza para os múltiplos milhões de suas vítimas. Muitos jamais aprenderam a ser esposos e esposas e pais devotados.

Muitos estão fugindo de seus papéis dados por Deus.

Pais que não têm nenhuma idéia de como preparar seus filhos estão assim perturbados pelo conflito com seus rebentos rebeldes.

Outros simplesmente abandonam seu dever, deixando filhos sem qualquer preparação ou provisão.

Para muitas pessoas, hoje em dia, a frase familiar e confortadora "Lar, Doce Lar" não é mais do que uma ilusão vazia. Não há nada doce ou seguro num lar onde há o abuso, a traição e o abandono.

Haver uma solução?

Poderemos evitar tais tragédias em nossas famílias?

Poderão os casais manter o brilho do amor e do otimismo décadas depois de fazerem os votos da união?

Haverá esperança de recuperação dos terríveis erros do passado?

A resposta para todas estas perguntas é SIM!

As soluções raramente são fáceis.

A construção de lares sólidos não acontece por pura sorte.

Somente pelo retorno ao direcionamento de Deus para nossas famílias, poderemos começar a entender as grandes bênçãos que ele preparou para nós em lares construídos sobre a rocha sólida da sua palavra. 


O Estatuto da Família define entidade familiar como “o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma mulher, por meio de casamento ou união estável, "ou" ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.”

Na modernidade, novas configurações têm surgido, e suscitou-se a discussão quanto à validade desse conceito: por que as relações que fogem ao tradicional não podem ser consideradas familiares?

Pensando na visibilidade que essa temática tem ganhado, é completamente possível de ser pauta como assunto de suma importancia dentro das igrejas.

Existem hoje casais sem filhos, mães solteiras, pais solteiros, avós criando netos, órfãos, famílias “mosaico” (cujos cônjuges têm filhos fora e dentro da união) e as relações homoafetivas.

Esses são apenas alguns dos novos núcleos de convivência da modernidade, que desejam ser considerados núcleos familiares.

Algumas contradições põem à prova a validade da definição de família.

O Estatuto da Criança e do Adolescente permite que solteiros, acima de 18 anos, adotem, assim como não define a orientação sexual como fator de restrição.

Pelo fato de a união homoafetiva ser juridicamente reconhecida como uma instituição familiar pelo Estatuto da Família, a adoção por casais homossexuais, por exemplo, não é mais dificultada, o que tem sido, passando a ser pouco a pouco, modificada.

As mudanças na dinâmica social, a atuação da mulher no mercado de trabalho, a facilidade dos divórcios e maior informatização sobre os direitos das relações homoafetivas corroboram para que as “regras” de convivência familiar sejam modificadas. Além disso, o Judiciário tem aceitado os novos arranjos familiares mesmo sem o respaldo da legislação.

O que muita gente pensa é que a aceitação desses arranjos “acaba com a família tradicional”, sendo que, na verdade, trata-se da mudança do perfil.

Como em tantos contextos, as relações sociais se modificam, transformam-se para atender a uma determinada tendência que, naturalmente, é encaminhada ao longo da evolução social; cabe à sociedade discutir em quais sentidos as mudanças são benéficas ou não.

A discussão vai muito além, visto que ainda há a uma concepção de diferença entre laços de sangue e laços afetivos, o que, aparentemente, dá o direito de ditar se determinado núcleo é ou não familiar.

É preciso compreender a família como instituição social, sem o preconceito e exclusão por questões de gênero ou opção sexual, por exemplo.

 


 

Como em meio de tantas mudanças culturais, continuar servindo a Deus de forma integra e reta, segundo a visão da Igreja da Profecia de Deus?

 

A família é o melhor lugar para aprendermos a amar um ao outro da forma que o Pai Celestial ama cada um de nós. A Igreja de Deus existe para ajudar as famílias a obter bênçãos eternas. Cremos que a maior bênção que Ele nos dá é a capacidade de voltar a viver com Ele no céu junto com nossa família.

Creio que nossos problemas, quase todos, têm sua origem no lar. Se é preciso haver uma reforma, se uma mudança se faz necessária, se é preciso voltar aos antigos e sagrados valores do passado, tudo isso precisa começar pelo lar. É ali que se aprende a verdade, que a integridade é cultivada, que a autodisciplina é instilada e que o amor é nutrido”. 

Entre os antigos e sagrados valores a que devemos retornar estão os princípios simples e claros do evangelho de Jesus Cristo. Eles devem ser firmemente estabelecidos em nosso lar para garantir a felicidade da vida em família.

O Senhor tem muitos princípios grandiosos reservados para nós; e os maiores princípios que ele tem para nós são os mais simples e claros. Os primeiros princípios do evangelho que nos conduzem à vida eterna são os mais simples, mas nenhum outro é mais glorioso ou importante para nós”. 

Exatamente por esses princípios serem simples e claros que muitas vezes eles não são levados em consideração quando temos de enfrentar problemas que afetam a vida em família. Muitas vezes temos a tendência de achar que quanto mais sério é o problema, maior e mais complexa deve ser a solução. Essa idéia pode levar-nos, por exemplo, a buscar a ajuda de pessoas ou instituições fora do lar, quando na verdade a solução mais eficaz virá pela aplicação dos gloriosos princípios do evangelho em nosso lar, nos pequenos atos e deveres da vida diária. As escrituras nos lembram que “por meio de coisas pequenas e simples que as grandes são realizadas”. 

O casamento e a família bem-sucedidos são estabelecidos e mantidos sob os princípios da fé, da oração, do arrependimento, do respeito, do amor, da compaixão, do trabalho e de atividades recreativas salutares.

Ao analisarmos esses princípios, podemos ver que, em sua maioria, eles estão relacionados entre si e complementam-se mutuamente, e que o poder que lhes possibilita serem incorporados à nossa vida provém do sacrifício expiatório de nosso Redentor e Salvador Jesus Cristo.

Esses princípios, quando colocados em prática, agirão como uma luz que iluminará cada membro da família e progressivamente nos levará a integrar outros valores e princípios relacionados, que fortalecerão o relacionamento familiar. Sabemos que “aquele que recebe luz e persevera em Deus recebe mais luz; e essa luz se torna mais e mais brilhante, até o dia perfeito”. 

Se tivermos sucesso em estabelecer e preservar nossa família pela aplicação prática desses princípios, poderemos observar a vigorosa influência que eles terão em situações que venham a afetar nosso lar no dia a dia. Todas as mágoas causadas pelo atrito de vivermos juntos serão curadas. As ofensas serão perdoadas. O orgulho e o egoísmo serão substituídos pela humildade, compaixão e amor.

Os princípios que decidirmos incorporar à nossa vida determinarão a atitude que contribuirá para nosso relacionamento com os outros. Quando adotamos um princípio, irradiamos sua influência, que poderá ser sentida pelas outras pessoas.

Agora, mais do que nunca, quando vemos a família no centro dos ataques lançados pelas forças do mal e em que, “o poder do maligno se estende por toda a face da terra” nós, pais, precisamos incorporar esses princípios à nossa vida para irradiarmos sua influência, de modo que ela seja percebida por nossos filhos.

Quero mostrar como esses princípios podem ser colocados em prática, como parte de um processo que colocará os efeitos da Expiação ao alcance das pessoas e da família. Esse processo começa pelo primeiro princípio do evangelho: a fé.

Num mundo de valores inconstantes que “ao mal chama bem, e ao bem mal” (ver Isaías 5:20), as palavras proferidas por Mórmon nos enchem de esperança e confiança, ensinando que Jesus Cristo “reivindica todos os que nele têm fé; e os que nele têm fé se apegarão a tudo que é bom”.  

Essa fé que faz com que nos apeguemos a tudo o que é bom advém de ouvirmos a palavra de Deus (Romanos 10:17), e essa palavra é ouvida com mais vigor nas aulas da reunião familiar e no estudo das escrituras em família. Não há melhor lugar para se edificar a fé do que no lar, onde as lições e aplicações práticas são realizadas e vividas dia a dia.

É no lar que aprendemos que a fé está intimamente relacionada à Expiação, “sendo a finalidade deste último sacrifício manifestar as entranhas da misericórdia, a qual sobrepuja a justiça e proporciona aos homens meios para que tenham fé para o arrependimento”. 

Sem os efeitos da Expiação em nossa vida, seria impossível desenvolvermos o tipo de fé necessária para o arrependimento, e assim permaneceríamos fora do maravilhoso plano de misericórdia, porque “apenas para o que possui fé para o arrependimento tem efeito o grande e eterno plano de redenção”. 

O arrependimento, aquela mudança que ocorre no coração, que provém do amor a Deus, que nos conduz para longe do pecado e nos torna submissos à Sua vontade, “somente pela expiação de Jesus Cristo pode (…) ser eficaz e aceito por Deus”.

Depois que Deus aceitar o arrependimento, o processo que estamos descrevendo nos leva a participar das ordenanças dele, como o batismo e a conversão. A renovação dessa aliança quando tomamos a Santa Ceia, regular e dignamente, e então a remissão de nossos pecados é levada a efeito.

Depois de recebermos a remissão dos pecados e nos esforçarmos para mantê-la, por meio da obediência aos mandamentos, receberemos, mansidão e humildade que permitirão a presença do Espírito Santo, o Consolador, que nos enche de esperança e perfeito amor, amor esse que será conservado pela diligência com que seguirmos o princípio da oração. 

A pessoa que recebe mansidão e humildade e que desfruta da companhia do Espírito Santo não terá o desejo de ofender ou magoar os outros, nem será afetada por qualquer ofensa que receba. Tratará o cônjuge e os filhos com amor e respeito, e terá um bom relacionamento com todos a seu redor. Ao ocupar cargos de liderança na Igreja, ele aplicará os mesmos princípios usados no lar, mostrando que não há diferença entre a pessoa que é dentro do seu próprio lar e a pessoa que é no relacionamento com os membros da Igreja.

Quando colocamos em prática princípios como, por exemplo, a fé, o arrependimento, o amor, o perdão e a oração de acordo com o processo que acabei de descrever, eles passam a ser a melhor vacina para se combater a doença do pecado, que pode manifestar-se na família de diversas maneiras, como a imoralidade, o orgulho, a inveja, a contenda, os maus-tratos e outras práticas que afetam o relacionamento familiar e resultam em sofrimento, desapontamento e rompimento dos laços familiares.

A decisão de incorporá-los à nossa vida e a oportunidade de iniciar o processo onde quer que seja necessário depende inteiramente de nosso arbítrio. É um processo simples que está ao alcance de todos. Baseia-se nos princípios fundamentais do evangelho que foram e continuam sendo aplicados com sucesso por todos aqueles que depositam sua confiança no Senhor.

É nosso dever continuar a ensiná-los em um mundo que precisa deles mais do que nunca.

A Expiação de Jesus Cristo possibilita-nos incorporá-los a nossa vida. Sei disso porque estamos nos esforçando como família para viver de acordo com eles. Em nome de Jesus Cristo. Amém.